quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O Leão Bondoso e o Misterioso Frio na Floresta




No dia dez de outubro de 2012, foi feita uma atividade coletiva na escola para comemorar a semana da criança.
Em cada sala de aula da escola aconteceu uma atividade diferente: Na Sala Transitória, um circuito de atividades voltadas para o movimento do corpo envolvendo recreação. Na sala 01, uma oficina de artes com desenhos, pinturas, dobraduras e colagens; na sala 02 uma oficina de histórias. E foi aí, justamente nessa segunda sala que aconteceu a construção da história que se segue:

O Leão Bondoso e o Misterioso Frio na Floresta.
(Por Gabriel Nóbrega de Jesus, Matheus dos Santos Nascimento, Paulina Fonseca, Regina Maria Oliveira de Macedo, Tássio Ribeiro de Jesus e Wilson Venâncio dos Santos.)

À medida que as crianças chegavam à sala de aula  foram recebidas pelas Professoras Paulina Fonseca e Regina Macedo e acomodadas em volta da mesa. A primeira criança a chegar foi Gabriel. Após estar acomodado o educando, professora Regina explicou que nesse dia o trabalho seria diferente. Iriam trabalhar com histórias. Perguntou então:
− Que você prefere: Escutar histórias ou escrever uma história?
Imediatamente Gabriel Nóbrega respondeu com entusiasmo:
− Escrever uma História!
Professora Regina apanhou seu caderno, sentou-se à mesa com junto a Gabriel e iniciou:
−  Primeiro vamos fazer o esquema: Vamos escrever sobre o que? Bichos, Plantas, Fadas ou gente?
− Bichos! − Gabriel respondeu mais uma vez.
− Muito bem! De que bicho ou bichos vamos escrever a história?
− De um Leão... Um leão bem grande!
Professora Regina foi anotando as respostas. Perguntou mais uma vez:
− E esse Leão é bom ou mau?
− É um leão bom.
Gabriel ia se situando na história. Seus olhos brilhavam e seu rosto tinha uma luminosidade empolgante. A professora continuou com as perguntas e ia anotando as respostas do educando e montando o esquema da história:
− E onde acontecerá essa história? Numa cidade, Numa floresta, No Zoológico... Onde?
− A História vai acontecer... Numa floresta. – Disse Gabriel.
− Então vamos começar. Posso iniciar? – Perguntou professora Regina.
− Pode. – Gabriel respondeu de pronto.
A professora começou a narrar a história ao mesmo tempo em que escrevia. Gabriel ficou bem atento aos dois movimentos dela: falar e escrever.
− Era uma vez um leão muito bom que caminhava pela floresta...

De repente a professora parou:
− Ih, esqueci-me de perguntar: Era de dia ou de noite?
− Era de dia...
− E em que parte do dia? − Gabriel olhou a professora com um ar inquisidor. − Como assim parte do dia?
A professora Paulina que estava acompanhando o trabalho, explicou que o dia tem manhã, tarde e noite e que na primeira parte do dia acontece a manhã a segunda parte do dia é a tarde e a terceira parte que não tem o sol é a noite. Gabriel pensou e decidiu que seria tarde.
A professora Regina leu novamente o que havia escrito apontando cada palavra para que ele fizesse a associação leitura e escrita, e foi acrescentando as falas de Gabriel em seguida.
Era uma vez um leão muito bom que caminhava pela floresta numa tarde fria de inverno. De repente o frio ficou tão forte que o Leão ficou congelado.


− Coitado do Leão, e agora? Como vai ser? – Perguntou Prof.ª Regina.
(o educando Tássio chegou nesse momento à sala de aula)
Foi aí que apareceu um rapaz chamado Tássio que ao ver o leão congelado[1] aqueceu água em um fogo e jogou sobre ele.
O Leão conseguiu se mover um pouco e foi se mexendo até que ele deu um rugido bem forte.
(A professora pediu que todos gritassem bem forte para ela saber como foi o rugido do leão e depois que todo mundo gritou a professora escreveu o que Tássio e Gabriel haviam dito fazendo as letras grandes do rugido do leão)
Depois ele sacudiu o pelo (mais uma vez a professora pediu que eles sacudissem o corpo. As crianças pareciam estarem na floresta) e berrou mais uma vez.

− GRAAAUUURRR...! GRAAAUUURRR...!

Foi aí que ele viu Tássio e percebeu que ele o havia ajudado. O Leão agradeceu. E quando os dois estavam conversando, chegou Wilson e se juntou aos dois. Tássio falou do frio misterioso que havia chegado de repente e congelado o Leão.
Concluíram que aquele frio misterioso poderia ter congelado outros animais. O Leão convidou os dois para seguirem juntos pela floresta. Já iam se esquecendo de apagar o fogo onde a água tinha sido aquecida, quando Wilson lembrou:
− Esperem, esperem... Temos que apagar o fogo! Se ele se espalhar pode queimar toda a floresta.
Nesse momento chegaram Matheus e Gabriel que quiseram saber o que estava acontecendo. Tássio contou tudo desde o princípio. Gabriel registrou cada palavra na memória para depois contar a Prof.ª Regina.
O Leão era bem grande, muito forte e bonito. Ele podia carregar os meninos em suas costas e muito mais. Abaixou-se no chão e disse:
(nesse momento Prof.ª Regina abaixou-se para representar como o Leão fez)
− Subam nas minhas costas. Se esse vento tão frio me deixou congelado, imagino que tem outros animais precisando de ajuda. Vamos ajudar?
− Vamos! – As crianças responderam juntas.
Já iam subindo nas costas do Leão quando Matheus lembrou:
− Esperem, temos que levar a água morna! É preciso levar a água para descongelar os animais!
Apanharam a vasilha com a água quente e já iam saindo quando o Leão lembrou:
− É verdade, temos que levar a água, mas como vamos faze isto? Quando eu correr a água vai se derramar. O que poderemos colocar na vasilha para que a água não se derrame?
Gabriel falou indicando um pano que encontrou:
− Um pano! Um pano poderá cobrir a água!
O Leão não concordou com ele e explicou:
− O pano não serve. A água passa pelo pano e vai derramar toda também. Estamos na floresta. Será que tem alguma coisa aqui para tampar essa vasilha?
Gabriel olhou em volta e falou:
− Uma tábua!
− É, uma tábua serviria... Mas onde tem uma tábua? – Perguntou o Leão.
As crianças mostraram um tronco caído e, como Matheus tinha uma serra, eles resolveram serrar o tronco e conseguir uma tábua.
Colocaram a vasilha no fogo mais uma vez enquanto faziam isso. Para que a água não ficasse fria. Ainda bem que o fogo não tinha sido apagado quando Wilson pediu que o apagassem.
Os rapazes cerraram o tronco e fizeram a tábua que deu certinho para tampar a vasilha.
Depois da vasilha tampada, as crianças a retiraram do fogo e o apagaram. Só então subiram nas costas do leão e seguiram rápido pela floresta levando a água morna com eles.
Por onde passavam encontravam animais congelados e jogavam a água quentinha do mesmo jeito que Tássio fez com o Leão.
O passarinho recebeu a água, sacudiu o corpo (todo mundo sacode o corpo) e começou a cantar e a bater as asas 

(todo mundo movimentando os braços como se estivessem batendo asas).

O coelho estava parado como uma estátua (todo mundo vira estátua igual ao coelho) e as crianças jogaram água e ele começou a pular, para frente e para trás.

(As crianças que conseguem se locomover com independência podem fazer esse movimento de pular para frente e para trás).
(Também nesse momento as mães chegaram para pegar as crianças e a história precisou ser encerrada.)

Parecia mágica. Por onde passavam todos os bichinhos iam acordando só com um pouco da água morna. A floresta ia ficando bonita novamente e o Sol saiu de detrás das nuvens e apareceu. Tudo brilhou e todos cantaram com harmonia e muita felicidade.



FIM

  Professora Paulina perguntou: Quem gostou da história? Quem gostou bate palmas ou dá um grito. As crianças responderam com gritinhos e palmas. Saíram da sala com os olhos de vitória. Foi delicioso o trabalho!








[1] Professora Regina olhou para Tássio esperando a resposta. Paulina o instigou: Diga Tássio como foi que você fez para descongelar o Leão? Tássio disse que jogou água sobre ele e professora Regina depois que explicou que água fria não o descongelaria ouviu Gabriel dizer que a água estava morna. Se percebe aqui um pouco de religiosidade (água milagrosa ou benta) e um pouco do cotidiano da criança (água morna que limpa o corpo).

2 comentários:

  1. parabéns pela construção de tão linda história...nossas crianças precisam de momentos, onde realmente se sintam parte do processo.

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  2. Obrigada por seu comentário! Desculpe-me a demora em lhe responder.

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