E encontrei um texto que foi construído em sala de aula com as crianças do AEE, usando a técnica "Snow Ball" (Bola de Neve). Espero que gostem.
BOLA DE NEVE
TEMA OS ÍNDIOS
BRASILEIROS
Introdução: Depois
de ler com as crianças os textos das páginas 23, 24, 50 e 51 do livro
“História: 1ª Série de José William Vesentini, Dora Martins Dias e Silva,
Marlene Pécora – editora Ática; 2001” comentamos o texto e algumas coisas do
texto foi chamada atenção pelas crianças, por exemplo, o Matim: Personagem
folclórica indígena a qual a índia do texto lido faz referência. Falamos do
vento que passa nos troncos ocos da mata e fazem o barulho do assovio que a
índia Celina Tembé diz
escutar. Em seguida apanhei um bocal de caneta hidrográfica e soprei nele
fazendo aparecer os assovios. Disse as crianças: “Isto pode ser o som que as
crianças ouvem na mata e pensam que é o tal monstro do qual a menina índia,
Celina Tembé, está falando aqui no texto”.
1. Pedi
às crianças que fechassem os olhos e imaginassem a floresta cheia de árvores;
2. imaginassem
a oca onde Celina mora;
3. Imaginassem
ela deitada na rede, dentro da oca e o vento soprando nas folhas das árvores da
floresta.
As crianças fizeram isto. E pareciam
viajar em um sonho. Soprei o bocal.
Continuei a falar: “Celina está com
medo. Ela está escutando o Matim. A mãe dela diz que o Matim não existe, mas
Celina e as irmãs o estão escutando e por mais que a mãe diga que é o vento nas
cavidades da floresta Celina não sai da rede. Nem ela e nem seus irmãos.
Início da atividade: Muito
bem, agora nós vamos fazer uma história. Eu começo e depois cada um de vocês
vai falando um pedaço para completar a fala do outro. Eu vou registrando o que
vocês falarem e depois leio para vocês corrigirem se eu escrevi alguma coisa
errada ou se esqueci de registrar algo está bem assim? Bem, permaneçam de olhos
fechados imaginando a tribo lá no meio da floresta...
As Bolas de Pindorama
(Por Regina maria
Oliveira de Macedo; Hariela Cristina de Araújo Teixeira; Ismael Texeira Pereira
Neto e Carla Verônica Nunes.)
Em um País chamado Pindorama vive feliz
o povo da Tribo Tembé.
Eles pescam no rio usando arco e flecha e também caçam jacarés... Eles também
apanham frutas para comerem e dormem em redes[1].
Eles também tocam chocalho, tambor, flauta, roi-roi e fazem uma porção de
coisas[2].
Um dia uma menina índia chamada Hariela
e um menino índio chamado Ismael estavam[3] deitados
na rede dentro da oca[4] quando
apareceu uma bola grandona[5].
Dentro da bola tinha um elefante grandão e um peixe dentro de um ovo grandão[6].
O peixe era imenso... Tão grande quanto o elefante[7]!...
A bola fazia um barulho enorme:
BLOONNG, BLUONG, BLONNG.
Hariela levantou da rede e se aproximou
da bola[8].
Ismael foi atrás dela e socou a bola[9].
Com o seu soco a bola explodiu todinha...
As crianças saíram correndo[10].
Fora da oca tinha muitas bolas iguais
aquela.[11] Ismael
e Hariela saíram esmurrando as bolas “Pou”, “pou’... e as bolas iam explodindo:
Bum!, Bum![12]
Logo depois das bolas vinham dois ovos
grandões.[13] Ismael tocou em um ovo e
Hariela em outro...[14]
E os dois explodiram... e os dois morreram.[15]
As duas crianças salvaram a tribo.[16]
Aqui a Profª. Carla que estava junto
assistindo a aula, atenta à história que as crianças contavam interferiu:
— “Ah,
não! As crianças morreram? Isto é que não: Os pais das crianças chamaram o Pajé
e pediram ao Pajé que fizessem as crianças voltarem à vida. O Pajé fez um
remédio e passou no corpo de Hariela e de Ismael e eles voltaram a viver”.[17]
— “É sim”! — Continuou a Profª Carla. —
A Índia Hariela ficou com a força do peixe e Ismael ficou com a força do
elefante.[19]
— É... e nunca mais na tribo ninguém
mais correu perigo.[20]
— “E nunca mais na
tribo faltou alegria e comida. Fim”.[21]
— “Fim nada. E qual vai ser o título da
história”?[22]
— “Pindorama! Disse Hariela.
— “Pindorama? Mas pouco se fala de
Pindorama”...[23]
— “Taí, acho um bom título. “As Bolas
de Pindorama" e ponto final.[25]
[1] Fala de
Ismael Teixeira Pereira Neto
[2] Fala de
Hariela Christina de Araújo Teixeira
[3] Fala da
Profª. Regina Maria Oliveira de Macedo
[4] Fala de
Hariela Christina de Araújo Teixeira
[5] Fala de
Ismael Teixeira Pereira Neto
[6] Idem:
Fala
de Ismael Teixeira Pereira Neto
[7]
Idem: Fala
de Ismael Teixeira Pereira Neto
[8] Fala da
Profª. Regina Maria Oliveira de Macedo
[9] Fala de
Ismael Teixeira Pereira Neto
[10] Hariela
Christina de Araújo Teixeira
[11] Hariela
Christina de Araújo Teixeira
[12] Ismael
Teixeira Pereira Neto
[13]
Idem: Fala de Ismael Teixeira Pereira Neto
[14] Fala da
Profª. Regina Maria Oliveira de Macedo
[15] Fala
de Ismael
Teixeira Pereira Neto
[16]
Fala de Hariela
Christina de Araújo Teixeira
[17]
Fala da Profª Carla Verônica Nunes
[18] Fala
de Hariela
Christina de Araújo Teixeira em tom de assombro.
[19] Fala
da Profª Carla Verônica Nunes
[20] Fala
de Ismael
Teixeira Pereira Neto
[21] Fala
de Hariela
Christina de Araújo Teixeira
[22] Fala da
Profª. Regina Maria Oliveira de Macedo
[23] Idem: Fala
da Profª. Regina Maria Oliveira de Macedo
[24] Fala
de Ismael
Teixeira Pereira Neto
[25] Fala da
Profª. Regina Maria Oliveira de Macedo
Belo trabalho...
ResponderExcluirObrigada Adriana.
ResponderExcluirParabéns pelo Blog. Adorei.
ResponderExcluirMuito agradecida.
ExcluirMeus educandos são minha inspiração.
Um abraço,
Regina Maria
Achei maravilhosa a ideia... Ótimo trabalho... Dia maravilhoso... Saudades... Que Deus continue abençoando sua vida!
ResponderExcluirCarla, Realmente foi um dia maravilhoso o dia em que essa história foi construída com as crianças. Toda vez que leio esse texto me transporto para aquela data e uma boa energia me invade.
ExcluirQue Deus esteja sempre com você.
Regina Maria
Que belo trabalho.. Voce continua sensivel como uma criança que conheci a 30 anos atrás.Que bom que voce não mudou.Sua eterna amiga que nunca te esqueceu, Sonia-Feira de Santana
ResponderExcluirQue belo trabalho.. Voce continua sensivel como uma criança que conheci a 30 anos atrás.Que bom que voce não mudou.Sua eterna amiga que nunca te esqueceu, Sonia-Feira de Santana
ResponderExcluirPuxa! Que alegriasaber de você, Sônia. Também não esqueci de você. Das manhãs em que organizavamos o Jornal e das tardes em que o montávamos. Como nossas colegas ficavam ansiosas esperando pelo momento em que terminávamos de montá-lo! E nossas travessuras? Os feitiços de araque que montávamos para assustar professores superticiosos? E as peças de teatro? Quanta saudade! Você tinha cada idéia! Como era boa nossa equipe! Ah, quanta saudade!
ExcluirQue bom esse Blog ter chegado até você.
Um grande abraço Sônia e muiailto obrigada pelo comentário.
Meu e-mail é regina.macedo@gmail.com