sábado, 17 de março de 2012

UM DRAGÃO CHAMADO BICHO ALFABETO



Texto inspirado a partir da poesia O Bicho Alfabeto da professora Priscila Ramos de Azevedo.

Era uma vez um dragão que nasceu bem diferente dos outros dragões. Ele tinha o corpo parecido com o de uma centopeia, asas para voar e tudo o mais que um dragão tinha, mas no lugar de pés, ou patas, ele tinha letras.
 

Eram 26 letrinhas bem feitinhas, mas por não serem todas iguais, os outros dragões se admiravam e o olhavam com espanto.


O Dragão ficou tão incomodado com aquilo que resolveu ir morar em uma caverna no monte mais alto da Região e de lá ele olhava o vale formado pela montanha, cheio de saudade de correr pelo gramado e de mergulhar no rio.

Um dia em que estava entediado começou a bater uma das suas patas (ou letras?) no chão da entrada da caverna.

De repente ele observou que saia um som:  a a a... E observou que para cada som uma marca ele deixava no chão. O dragão então descobriu que quando ele batia as patas, além de marcas ele fazia diferentes sons.

Então ele quis investigar esses sons. Saiu da caverna e foi para o sol. Ao olhar seu corpo percebeu que estava tanto tempo triste dentro da caverna que estava todo empoeirado. 
lembrou que não se banhava há algum tempo. Deu uma bela sacudida no corpo e todas as patas bateram no chão. Percebeu que mais sons saiam de suas patas.
 
Curioso, ele bateu uma por uma no chão. Viu que umas tinham um som mais forte e outras um som mais fraco e que as patinhas que faziam o som mais fraco ao serem batidas junto com outra que tinham um som mais forte faziam um som diferente. E percebeu que algumas tinham sons parecidos e outras mudavam de som de acordo com sua posição junto a outras patas de formatos diferentes.


Curioso ele começou a experimentar os sons. Assim como o músico quando inventou a primeira flauta. O Dragão foi batendo as patinhas no chão e escutando. Conseguiu formar a palavra AMOR. Ele se sentiu muito bem ao ouvir o som da palavra amor. Parou e pensou:

- Se eu posso fazer esse som tão bonito, é porque tenho amor dentro de mim. Ah! Se tenho amor... Amor é para ser dado e ser recebido.

Ele bateu suas asas e voou para o vale. Rolou na grama, sentiu o cheiro das flores e mergulhou no rio. Depois ele se deitou ao sol e olhou o céu tão azul...


E o bicho começou a fazer uma dança, cheio de alegria. E descobriu que seus pés na verdade eram as letras do alfabeto e que, conforme ele dançava, se formavam e cantavam letras, palavras, frases, poemas, letras de músicas...


Aí ele resolveu ir para a sala de aula. A professora Priscila o chamou de Alfabeto e fez uma poesia para ele.


Até hoje o Bicho alfabeto passeia pelo mundo visitando as escolas e por onde ele passa nascem palavras que formam poesias, canções e belos textos que nos contam histórias maravilhosas do mundo.


Regina Maria Oliveira de Macedo


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